Articles (76)
Seis bares speakeasy em Lisboa
O conceito surgiu durante a Lei Seca nos Estados Unidos, pouco depois da produção, transporte e comércio de bebidas alcoólicas terem sido proibidas no país, como estipulou a 18.ª emenda da Constituição americana. Os estabelecimentos que vendiam álcool ilegalmente nessa época eram conhecidos como speakeasies, porque era necessário falar (speak) com cuidado (easy). Eventualmente, a lei foi revogada, mas o ambiente encontrado nos speakeasies já tinha ganho adeptos. Em Lisboa, o Red Frog, o bar de cocktails da Rua do Salitre, tem tudo o que um speakeasy precisa, mas há mais sítios na cidade onde o secretismo é a palavra de ordem. Não acredita? Ora conheça estes bares speakeasy em Lisboa. Recomendado: Os melhores bares de vinho em Lisboa
Nem só de cafés se faz um bairro. Dez restaurantes em Telheiras
Já se sabe que um dos maiores ex-libris de Telheiras, a par dos simpáticos jardins e de uma generosa ciclovia, são os cafés. Ocupam uma rua inteira (a rua Professor João Barreira), com as suas esplanadas cheias de jovens que ali aterram a beber cervejas e a conviver. Mas a verdade é que o bairro tem muito mais para oferecer. Também há restaurantes de todos os géneros e feitios — da comida tradicional portuguesa aos sabores do mundo, dos simples aos refinados, dos mais baratos aos mais caros. Opções não faltam. Eis dez restaurantes em Telheiras. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
Doze mercados de Natal na Europa que valem a viagem
O Natal é a altura mais mágica do ano e, para muitas famílias, a tradição da época passa por visitar um dos famosos mercados de Natal espalhados um pouco por toda a Europa. Os motivos para visitar um destes mercados são muitos, a começar pelas compras, mas também pela música, pelas iluminações nas ruas, e pelo cheiro a vinho e a chocolate quente. Não esquecemos os doces típicos da quadra, sempre presentes nestes mercados natalícios, e a decoração das montras. Se é daqueles que gosta de viajar, esta é a altura certa para ir à procura do melhor destino nas companhias aéreas. Se decidir ficar por aqui, aproveite para visitar a Vila Natal de Óbidos e aquecer-se com um ou dois copos de ginginha. Recomendado: O melhor do Natal em Lisboa
Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer
As novidades na noite lisboeta são das mais diversas espécies e multiplicam-se de tal forma que é quase impossível chegar a todas. Mas a verdade é que nós bem tentamos. Entre novas esplanadas, terraços, rooftops, ou espaços preparados para as noites mais frias, há nesta lista opções para os apreciadores de cerveja, para os enófilos e até para os que não dispensam um bom cocktail. É só conferir os novos bares que abriram em Lisboa nos últimos meses, escolher o veneno favorito e proceder ao levantamento (moderado) do copo. Recomendado: À prova de balão. Quatro sítios para beber mocktails em Lisboa
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)
As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque já uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje. Recomendado: Os melhores novos brunches em Lisboa
Programa das festas para Novembro em Lisboa
O que não falta em Lisboa são sítios para dançar até de manhã. E o programa das festas para este mês, como em todos os outros, é bem recheado. Há de tudo: festas que apelam a reggaetoneros, aos amantes da electrónica, aos que têm o samba no pé, e até aos que não vivem sem a música de outros tempos. Ninguém fica de fora. Seja qual for o seu veneno, o importante é sair e viver a noite na cidade. E lembre-se de beber água porque não queremos manhãs (ou tardes) difíceis. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa este mês
Carlos Duarte Afonso, Margarita Pugovka e Miguel Mesquita cozinham emoções no 24Kitchen
O que é que vai bem com a frustração? E com a paixão? No meio de tanta oferta de programas culinários na televisão portuguesa, eis que o 24Kitchen se propõe a inovar. No novo programa Chef de Serviço, a estrear esta segunda-feira, dia 18, Carlos Duarte Afonso (do Oitto, no Chiado), a pasteleira Margarita Pugovka (do estrelado Wils, em Amesterdão) e Miguel Mesquita (da Academia Time Out), falam e cozinham sobre emoções, ao mesmo tempo que contrariam a tendência do one-man show. “Temos backgrounds completamente diferentes. O Carlos com o seu restaurante, a Margarita como pasteleira, e eu não tenho restaurante, mas tenho um palco, digamos assim. Acho que funciona super-bem, há um equilíbrio”, considera o chef responsável pelos workshops da Academia Time Out no Time Out Market. Apesar de nunca ter feito televisão, “apenas algumas coisas pontuais”, Miguel Mesquita mostra-se entusiasmado com este novo projecto. “[Isto] é quase um sonho tornado realidade”, diz Margarita Pugovka, que antes de fazer sucesso além-fronteiras foi concorrente no MasterChef Portugal, em 2019. “Foi desafiante, aprendi coisas novas, e foi talvez o projecto em televisão que mais prazer me deu”, confessa Carlos Duarte Afonso. Num total de 30 episódios, divididos em três partes (dez para cada chef), as emoções estão em cima da mesa à volta de temas como a inspiração, a personalidade, a criação, a visão, os desafios, as despedidas, ou a admiração. É daí que nascem os pratos. “O mais difícil para mim foi a frust
Sandra Ruiz, a deusa do pozole
Chef ou cozinheira?Cozinheira. Actividade favorita quando não está a cozinhar?Estar com a família. O melhor prato tipicamente português?Choco frito ou polvo à lagareiro. Adoro. Livro de cozinha favorito? Não é muito conhecido, mas chama-se Comida prehispánica de México e fala da comida antes da chegada dos espanhóis. Se tiver amigos de fora em Lisboa, onde é que os leva a jantar?Floresta da Estefânia, de comida portuguesa. Se só pudesse fazer uma refeição por dia, qual é que seria?Tacos. Como todos os dias e ainda não me fartei. O que é que não suporta comer?Farinheira. Consigo comer, mas o sabor faz-me alguma confusão. Para quem gostaria de cozinhar?Há uns comediantes que quando fazem tours pelo mundo procuram comida mexicana. O Gabriel Iglesias, por exemplo, seria muito bom. Sabe comer muito bem e eu gosto de alimentar as pessoas que querem ser alimentadas. O que é que prepararia?Um pozole, porque é o maior êxito, e, claro, tacos. O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?Não somos pessoas [Sandra e o marido] de ir a restaurantes. Não conhecemos muito esse mundo por protecção ao nosso filho, que é autista. Faz-nos muita confusão se ele não estiver contente e se estiver stressado. Qual foi o prato que mais dores de cabeça lhe deu?Barbacoa, muito típico no Centro Este do México. Para preparar a carne tem de se fazer um furo no chão, aquece-se com pedras e depois deixa-se aí 12 horas. É um problema [risos]. Programa de culinária favorito?Quando era mi
As melhores praias na Costa da Caparica
Dos destinos mais clássicos às paragens menos óbvias, há areais e marés para todos os gostos na Costa da Caparica. São 15 quilómetros de extensão, com muitas praias por onde escolher. A partir do momento em que o calor se começa a sentir, começam também os lisboetas a atravessar a ponte e os sítios onde estender a toalha a escassear. Ainda assim, não desista de partir à descoberta da outra margem. Rume à Costa da Caparica e abanque no areal certo para si. Mas, atenção, não se esqueça do protector solar. Recomendado: As melhores praias da Linha de Cascais
Escapadinhas gastronómicas que valem a viagem
Estão fora dos grandes centros urbanos, longe muitas vezes também das atenções mediáticas, percorrendo um caminho habitualmente mais difícil. São restaurantes que valem qualquer viagem, promovem a região, os seus produtos e produtores. O caminho pode ser longo e demorado, mas estas escapadinhas gastronómicas valem muito a pena e provam que quando é para se comer bem não há desvios. Há restaurantes com estrelas Michelin e chefs com ambições astronómicas, há comida de conforto e fine dining surpreendente. São programas para um dia ou para se deixar levar e ficar, quem sabe não acaba a descobrir outras boas paragens à mesa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
As novas esplanadas em Lisboa para o Verão
Os dias são quentes e longos, e as noites não arrefecem. Bebe-se um copo (e outro e outro) e acabamos a jantar. Se é verdade que Lisboa tem mais de 230 dias de sol por ano, é igualmente verdade que o verbo esplanadar (inventado por nós há muito tempo) se conjuga melhor nesta época do ano. Não por acaso, há muitas e boas novidades. Seja para comer ou apenas para beber um copo, estas são as novas esplanadas em Lisboa que prometem animar o Verão. Tome nota porque a vida é demasiado curta para os desperdiçar numa esplanada má. Recomendado: 20 restaurantes abertos ao domingo em Lisboa
16 restaurantes saudáveis em Lisboa
Comer de forma saudável não é equivalente a passar fome. E, em Lisboa, há cada vez mais restaurantes com opções leves, mas muito saborosas, perfeitas para desintoxicar o organismo depois de alguns excessos. E não. Não falamos só de saladas e de comidas de passarinho. Falamos de alimentos nutritivos, saciantes e bem apetitosos. Assim, se segue ou quer seguir um estilo de vida mais saudável, vai querer experimentar alguns destes espaços na cidade, que se adaptam a todos os gostos e também às mais variadas restrições e preferências alimentares. Bom apetite e muita saudinha. Recomendado: Gaste calorias sem gastar dinheiro nestes ginásios ao ar livre em Lisboa
Listings and reviews (2)
Maria Croissant
O aroma a croissant acabado de sair do forno sente-se logo à entrada da Maria Croissant, na Praça de Londres. Tal como a identidade dos responsáveis, a receita da massa é um segredo absoluto. “Inspirei-me na Maria Antonieta, que levou da Áustria a receita do croissant folhado, e criei um meio folhado com um sabor bem português. Considero-me uma fusão entre o croissant original e a tradicional pastelaria portuguesa”, diz o responsável pela marca, que prefere manter o anonimato. O croissant pode ser pedido simples ou com um dos muitos recheios doces e salgados. “Dos doces, os que se têm destacado como preferidos dos mes chers são o de creme de ovo (2€), creme de avelã (2,20€) e maçã e canela (2,70€); já nos salgados têm sido o de doce abóbora e queijo creme (2,50€), salmão (3,90€) e frango (3,70€)”, enumera. Os mais tradicionais, como o misto (2€), são uma opção segura para quem gosta pouco de arriscar. À carta clássica junta-se o “capricho do mês”, com edições limitadas. Nesta corte, como lhe chama a marca, além dos croissants servem- -se também produtos de cafetaria e sumos naturais. Há ainda menus de pequeno-almoço e almoço (com sopa incluída). A estética é muito semelhante à da primeira loja, que abriu em Dezembro de 2020 no Centro Comercial Oeiras Parque. A da Praça de Londres é a segunda, e recentemente chegaram em grande ao Centro Comercial Colombo.
Croissanteria Tradicional
Aqui não se fazem as coisas pela metade. Falamos do croissant, claro, que é generoso em tamanho, um dos pontos diferenciadores da nova Croissanteria Tradicional. O de assinatura é uma mistura entre brioche e folhado, mas também está disponível o clássico croissant francês – que até tem uma versão vegan. Para lhe dar um toque extra, há opções doces e salgadas. Para os gulosos destaca-se o tradicional doce de ovo com amêndoa (2,20€), a maçã e canela (2,80€), o caramelo salgado (3€) e a nutella (2€). Quem é do team dos salgados tem à disposição o recheio de queijo fresco, tomate e orégãos (3,20€); requeijão, doce de abóbora e noz (3,20€), e presunto, queijo parmigiano e rúcula (3,80€). Esta pequena e despojada loja em Benfica, com algumas mesas no interior e uma esplanada, é um negócio de família dos irmãos Leonor Oliveira e Vítor Sousa, que são doidos por croissants desde que são miúdos, e do filho de Leonor, Gonçalo Oliveira.
News (320)
Café Joyeux continua a marcar a diferença, agora também em Telheiras
E já lá vão quatro. Depois dos espaços em São Bento, no Edifício Ageas Seguros Portugal, e em Cascais, o Café Joyeux inaugura um novo espaço, desta vez no edifício Natura Towers, sede da Cofidis, perto de Telheiras. A missão é a mesma: empregar pessoas com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento. "Estamos muito felizes por empregar e formar mais seis jovens que nos vão ajudar a dar vida a este novo espaço: o Rafael, a Catarina, a Yolanda, o Miguel, o António e o Pedro. É mais um passo no sentido de trazermos a diferença para o coração das nossas cidades e das nossas vidas.", sublinha Filipa Pinto Coelho, presidente da Associação VilacomVida e CEO do Joyeux em Portugal, em comunicado. Com a abertura do novo café-restaurante, que tanto serve os trabalhadores da Cofidis como o público em geral, estão agora empregados um total de 30 pessoas neste projecto solidário. Aqui, como nas outras moradas, são garantidos o pequeno-almoço, almoço e lanche. Edifício Natura Towers, sede da Cofidis Portugal. Rua Frederico George 37 (Telheiras). Seg-Sex 7.30-19.00 + Entradas, sobremesas, e um vinho especial. La Brasserie de L’Entrecôte tem novidades na carta + No Café do Príncipe Real, a nova carta de arroz promete aquecer os domingos mais frios
Qual é o restaurante do ano? E o bar? Os prémios Time Out estão de volta
Abrem restaurantes e bares em Lisboa a uma velocidade difícil de acompanhar, mas a Time Out está cá para lhe dar uma ajuda. Assim, antes de acabar o ano, fazemos um balanço do que melhor se comeu e bebeu em 2023 – mas não só. Chegaram os Prémios Comer e Beber Lisboa, uma colaboração com a Pernod Ricard e a The Sustainable Restaurant Association, com um grande foco, claro está, na sustentabilidade. Vamos aos nomeados. Na categoria de Melhor Restaurante estão o Feitoria, o restaurante agora liderado por André Cruz, com uma estrela Michelin; o Prado, de António Galapito, com o produto a ditar os pratos; e o Encanto, o vegetariano de José Avillez, também estrelado. André Cruz e António Galapito voltam a ser distinguidos na categoria de Chef do Ano, disputando o título com Marlene Vieira (Zunzum, Marlene,). No departamento dos bailaricos, há duas categorias. O Musicbox, o novíssimo NADA 3.0 e o Ministerium Club são os nomeados para Discoteca do Ano. Já as Matinés da Fuse, as Emo Nite e a Mina estão na corrida para a Festa do Ano. Fernão Gonçalves (Plateform), Diogo Lopes e Catarina Correia (Nexo ½ bar) e João Resende (Café Klandestino, Sneaky Sip) destacam-se para Bartender do Ano. E como há sítios que nunca saem de moda, nomeamos ainda a discoteca A Primorosa, o speakeasy Red Frog e o restaurante Gambrinus na categoria O Clássico. O The Bar World of Tomorrow é um conceito da Pernod Ricard que se junta à festa para garantir um amanhã responsável e sustentável. Na mira para “bar
Pedro Duarte, do hotel Wine & Books, no Porto, é o bartender do ano
É mais a norte que se prova a coquetelaria de Pedro Duarte, mas foi aqui bem perto, no Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, que o barman do hotel Wine & Books, no Porto, se sagrou o grande vencedor do concurso Bartender do Ano, organizado pela The Bottle Affair, uma parceria Edições do Gosto. "Ganhar o Bartender do Ano significa muito para mim. É a concretização de um objectivo pessoal. Uma competição que tem uma tradição de vencedores únicos e daqui para a frente só me resta valorizar este nome para que a indústria de bar continue a crescer", afirma o vencedor, citado em comunicado. A final teve lugar este domingo, dia 12, e estiveram à prova seis bartenders. Pedro Duarte conseguiu superar os finalistas Bruno Fernandes, do Bistro 100 Maneiras (Lisboa); Tiago Santos, do Bairro Alto Hotel (Lisboa); Vivaldo Queirós, do Varandas Cocktail & Wine Bar (Faro). Luís Costa, do Torto (Porto), ficou em segundo lugar e André Costa, do Four Seasons Ritz Lisbon (Lisboa), em terceiro. Constança Cordeiro (Uni e Toca da Raposa), Fernão Gonçalves (grupo Plateform) e Marcella Ghirelli (Cella) fizeram parte do júri, presidido por Wilson Pires (Verso). O Bartender do Ano 2023 (antes Barman do Ano), é um prémio que, desde 2014, celebra a coquetelaria portuguesa e que oferece, aos nomeados, uma oportunidade de demonstrarem as suas competências junto dos pares. + Qual é o restaurante do ano? E o bar? Os prémios Time Out estão de volta + O premiado bartender brasileiro Lula Mascella salta para
O premiado bartender brasileiro Lula Mascella salta para trás do bar do Vago até Janeiro
Na receita do old matte, um cocktail que lembra um old fashioned, ainda que mais leve, estão muitas coisas. Whisky single malt, chá matte, amaro, limão. No copo, porém, está uma pedra de gelo e um líquido translúcido, ligeiramente amarelado. Simples e elegante como o travo que deixa na boca. O mesmo se pode dizer do margherita, inspirado numa pizza, e que tem na sua composição tequila, manjericão, molho de tomate, orégãos, e soro de mozzarella de búfala para clarificar. É esta a linha da coquetelaria de Luiz Mascella, mais conhecido por Lula, chef de bar do Picco e do Nu I Cru, em São Paulo, e considerado o melhor bartender brasileiro em 2023 pela Veja. Encontra-se em Lisboa para uma residência de três meses no Vago, um dos bares do momento, na Rua das Gaivotas. “Vim para Lisboa em Maio, para o Lisbon Bar Show. Fiz um guest aqui no Vago, depois fui para Madrid, e fiz uma tourzinha pela Europa, mas sempre usando Lisboa como uma base. Começámos a pensar no que podíamos fazer mais em conjunto e [os donos do Vago] acharam que seria interessante um trabalho com os bartenders daqui, padronizar certos tipos de serviço, de estética”, explica Lula. Em princípio, nada vai mudar na carta já estabelecida e actualizada recentemente. “Não vim com a motivação de mudar o que eles estão a fazer ou de criar um menu novo. O primeiro momento é para me entender com eles, pensar em novas formas de produzir cocktails. Se der tempo, aí, inserir novos cocktails dentro do cardápio”, acrescenta. Ainda
Entradas, sobremesas, e um vinho especial. La Brasserie de L’Entrecôte tem novidades na carta
Quando a Brasserie apareceu pela primeira vez, em 1993, na rua do Alecrim, veio para descomplicar, apenas com um prato principal – o afamado entrecôte com um molho de 18 ingredientes, acompanhado com batatas fritas. A consistência é a prata da casa e a verdade é que pouca coisa mudou desde então, mas como diz Francisco Carvalho Martins, administrador do grupo Portugália, é preciso “mostrar inovação”, nunca fugindo aos valores da marca, inspirada no Café Paris e na gastronomia francesa. E por isso, para celebrar o 30º aniversário, há novas entradas, sobremesas e um vinho de edição limitada no menu. “Este é um conceito muito tradicional, monoproduto, e portanto a própria natureza de oferta que o restaurante tem é muito reduzida. Há muito poucas razões válidas para mudarmos o prato principal. Não podemos, é sagrado. E portanto tentamos jogar com as entradas, com as saladas, com as sobremesas e com as bebidas”, justifica o responsável. “Isto é o auge do dinamismo da Brasserie, porque os nossos clientes querem que nós sejamos muito consistentes, que os sirvamos muito bem, mas que não mudemos grande coisa”, acrescenta. DRTábua de queijos Os clássicos nunca saem de moda e entrecôte fatiado e coberto com um molho especial e secreto (a partir de 23,90€, consoante o acompanhamento) continua a ser a escolha principal, embora exista uma versão com seitan, para que ninguém se sinta excluído. Mas antes disso há muito para provar, como a nova tábua de queijos com queijo Reblochon de Sav
No Verride, há um gastrobar para todas as horas (e paladares)
Entrámos no The Lisbon Club 55, o novo gastrobar do hotel Verride Palácio de Santa Catarina, dois dias antes da sua abertura oficial. Os ânimos estavam ao rubro enquanto se afinavam os últimos detalhes para a grande estreia, que aconteceu na última quinta-feira, dia 2. Não obstante, o sítio já estava bem composto, com a elegância que caracteriza um cinco estrelas. O grande bar logo à entrada (onde se irão adicionar quatro lugares ao balcão) é um chamariz, os tectos são altos, as cadeiras em veludo, e as mesas de madeira. Escondida atrás de uma cortina está a galeria Criatura, uma continuação do espaço, que de momento expõe as obras de Julian Lennon (sim, filho do Beatle John Lennon). A ideia é receber mais e mais artistas. Francisco Romão Pereira Ainda que sofisticado, pretende-se que este seja “um espaço mais democrático” e um “conceito diferente, nem melhor nem pior”, em comparação com a restante oferta do hotel de luxo, como o restaurante Suba, onde impera o fine dining, diz Rui Petronilo, director de Food and Beverage (F&B). A porta para a rua pede isso e a carta criada por Fábio Alves, o rosto do Suba, acompanha. “A carta de comidas também é muito abrangente. Vamos servir desde um hambúrguer, não menosprezando, até caviar. Vai ter este leque diverso”, explica o responsável. Mas já lá vamos. Primeiro, falemos das bebidas. Francisco Romão Pereiravenezia Há cocktails de autor, champagne e espumantes. O vinho não é estrela, mas quem desejar não ficará com sede. A extens
Convent Square, um hotel para orar ao conforto com os pratos de Vítor Sobral
Quem olha de fora para o Convent Square, junto à praça do Rossio, o quarto hotel em Lisboa do grupo PHC, está longe de imaginar que o interior esconde um pedaço da nossa história. Não fosse a vizinhança – a igreja de São Domingos, uma das mais bonitas da cidade – e nem nos aperceberíamos que este é um antigo convento dominicano do século XIII, o Convento de São Domingos. Pouco resta dessa época, até porque o edifício teve outras vidas, entre elas os armazéns Braz & Braz e, assim como a igreja, sobreviveu a duas grandes catástrofes: o terramoto de 1755 e um violento incêndio em 1959. Francisco Romão PereiraCapítulo Felizmente, o grupo hoteleiro quis reabilitar o espaço para ir ao encontro da sua arquitectura original e preservar o que havia para preservar. Passando a recepção e a zona do claustro, toda reconstruída, chegamos ao restaurante e bar Capítulo, que foi outrora a sala onde eram tomadas as grandes decisões. É aqui que podemos encontrar colunas, azulejos e túmulos desses tempos. Para mostrar aos visitantes aquilo que de melhor se faz à mesa, o chef Vítor Sobral foi desafiado a pensar numa carta para ali, como já tinha feito também no Hotel Mundial, unidade do mesmo grupo. “Queremos ter uma proposta portuguesa, autêntica, embora reconstruída e mais contemporânea. Também bebemos um pouco do legado português no mundo”, justifica Miguel Andrade, director de operações do grupo hoteleiro. Francisco Romão PereiraTúmulo Nas entradas encontramos opções como o atum salte
De Buenos Aires, com amor. Empanadas argentinas e cheias de Graça
Num bairro cheio de tradição alfacinha, ainda que com cada vez mais visitantes, eis que nasce uma loja-restaurante que é um convite a viajar por outras paragens. As empanadas Mbq, uma sigla que se traduz em mi Buenos Aires querido, não são desconhecidas em Lisboa – já tinham um cantinho nos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama e uma fábrica (com opção de take-away) em Campolide –, mas chegam agora à Graça para uma experiência argentina mais completa. Portuguesa e argentina, aliás. “Esta é a nossa primeira loja de rua. Eu também sou português, por causa da minha avó”, começa por esclarecer o argentino Gaston Costa, um dos responsáveis a par da mulher, Carolina Cifuentes. “Em 1929, quando a minha bisavó migrou para ali [Argentina], a minha avó tinha 6 anos. Elas começaram a ter contacto com a cultura argentina e aos domingos faziam empanadas. Eram empanadas argentinas, mas com mãos portuguesas. Por isso dizemos que são empanadas argentinas com herança portuguesa”, continua. Francisco Romão PereiraCarolina e Gaston Essa mesma receita foi passada de geração em geração até chegar a Gaston. “Na Argentina, as empanadas são muito comuns, como o bacalhau aqui. Mas em cada casa o bacalhau é preparado de uma maneira diferente. Esta massa tem algo particular, não é feita com a clássica receita argentina”, aclara Carolina. E foi, na verdade, por causa desta massa que tudo começou. “As pessoas iam a nossa casa e diziam ‘ay, qué rico’", lembra Carolina. Por isso, ainda do lado de
Neste antigo bar de alterne em Alvalade, a música agora é outra
Tal e qual uma casa de fados, todos estão em silêncio para ouvir o trio Romeu Tristão, que tem o próprio no contrabaixo, João Pereira na bateria, e Hugo Lobo no piano. Apesar disso, sente-se uma energia colectiva à boleia do jazz. Na bem composta plateia estão alunos de música, curiosos e entusiastas, incluindo duas senhoras – as únicas com lugar reservado – antigas habitués do Hot Clube de Portugal, o clube de jazz mais antigo da Europa, agora fechado. Estamos no Távola Jazz Bar, que abriu em Fevereiro numa rua pacata em Alvalade, mas só recentemente passou a música das colunas para o palco. Comecemos pelo princípio. “O bar abriu em 1971 e teve outros conceitos, na maior parte do tempo foi um bar de alterne”, conta o proprietário Nuno Seabra. “Nós comprámos o bar a umas pessoas que o tinham aberto em 2019. Passado meio ano apareceu a pandemia e fecharam”, continua. Apesar das várias vidas, o espaço sofreu poucas alterações, e até o nome é o original. “Podíamos ter mudado, mas achámos engraçado. As pessoas que aqui estiveram antes, tentaram demarcar-se da imagem do bar de alterne, e chamaram isto de Távola Bar and Lounge, since 2019. O primeiro que fizemos foi acabar com o Lounge, acabar com o ‘since’ e substituir por ‘desde 1971’. Se há capital que esta casa tem é a sua idade. É um dos bares mais antigos da cidade de Lisboa”, justifica. Francisco Romão Pereira A decoração é, assim, de outros tempos, e isso é parte do charme. A luz é baixa, os sofás em pele e a madeira es
Na rua dos cafés, em Telheiras, a Gleba sobressai com pequenos-almoços (e não só)
A rua Professor João Barreira, em Telheiras, também apelidada "rua dos cafés", pelas suas inúmeras esplanadas, é agora paragem para mais do que bicas e cervejas à pressão. Com a chegada da Gleba, em Dezembro, a zona ganhou uma padaria de fermentação lenta. Agora, quase um ano depois, a loja ganha um espaço (com esplanada e tudo) onde se pode também estar do pequeno-almoço, ao brunch, ao almoço e ao lanche, fruto da parceria com a cafetaria Milkees, já com provas dadas na Gleba de Cascais. “Encontrámos uma loja fantástica, numa excelente localização, com uma grande montra, mas que era um pouco grande demais para aquilo que eram as nossas necessidades”, começa por dizer o fundador, Diogo Amorim. Agora cabem lá várias mesas, um balcão gigante e ainda uma extensa zona de mercearia. “A experiência correu muito bem em Cascais e está a correr muito bem, mesmo no arranque, em Telheiras. Os produtos que ambas as marcas comercializam acabam por combinar super bem. Há sinergias naturais entre uma padaria e uma cafetaria”, acrescenta. Francisco Romão Pereira Em Telheiras, como em Cascais, tanto se pode comprar um bom pão de fermentação lenta ou outra das muitas especialidades para levar para casa, como ficar para uma refeição mais ou menos demorada. Não existe um menu fixo, é o cliente que escolhe à carta entre opções tradicionais de pequeno-almoço, como croissants (1,80€-4€, dependendo do recheio), torradas (3€) e iogurte com granola da casa e fruta (4,9€); ou iguarias mais pesadas,
Royal Vessel, um bar que deu à costa no Príncipe Real
Às seis da tarde de uma terça-feira já há movimento no Royal Vessel, o bar aberto há apenas dois meses no Príncipe Real. É gente do bairro que fala português e inglês e que ali se reúne para dois dedos de conversa regados, sobretudo, a cocktails, mas também a vinho. Mickey e Mindie Spencer, duas gémeas americanas de Austin, Texas, vão cumprimentando com simpatia os fregueses que ali entram, inclusive os amigos de quatro patas. A hospitalidade é-lhes natural. “Tivemos bares e restaurantes em Austin. Na pandemia decidimos fechar tudo e começar de novo num outro sítio”, revela Mickey. Escolheram Portugal, que anda nas bocas do mundo. Francisco Romão Pereira Estabeleceram-se primeiro no Porto, mas o apelo da “multiculturalidade” trouxe-as até aqui. “Estamos em Lisboa há um ano e meio. Da primeira vez que visitámos, ficámos apaixonadas”, lembra Mindie. Andaram por Santos e pelo Bairro Alto à procura de um espaço para se instalarem, mas foi o Príncipe Real que as conquistou. O nome que escolheram para o seu bar, Royal Vessel, é “uma abordagem à história da navegação portuguesa”, explica Mickey. Vessel “significa barco, mas também um drinking vessel (copo)”. Royal, de real, é uma referência à localização. Faz sentido, então, que o ambiente nos transporte para um navio antigo, com o tecto pintado a azul céu, móveis em madeira escura, iluminação baixa, velas, mesas em mármore, e a parede grosseira a descoberto. “É para parecer que o bar esteve cá sempre, dar esta ideia de old world
O Zazah mudou (outra vez): tem novo chef, nova carta e novas intenções
À primeira vista, pouco ou nada mudou no Zazah, o restaurante aberto há seis anos, no Príncipe Real. O mapa que traça a descoberta do Brasil pela Companhia das Índias, obra do artista João Louro, continua a ser a peça central na sala, que é ainda composta por um bar enorme e uma zona que pode ser rapidamente transformada num palco. A comida mantém os princípios da partilha e as referências de várias partes do mundo. Mas há grandes novidades: um novo chef, carta renovada e outros propósitos. “Quero trazer um pouco mais de sofisticação, mas sem pretensão”, diz Matheus Franklin que sucede ao também carioca Christian D’Aurian, que apesar dos grandes planos para o restaurante acabou por não ficar muito tempo. Matheus está no Zazah há apenas seis meses, mas experiência não lhe falta. “Comecei na cozinha com 19 anos. Passei por alguns restaurantes estrelados no Brasil. Um deles foi o Olympe do chef Troisgros [que fechou na pandemia]. Foi a minha verdadeira escola”, conta. “De há uns anos para cá tive esta vontade de vir trabalhar para a Europa”, acrescenta. De vivências passadas traz técnicas de fermentação, inspirações asiáticas, francesas, portuguesas e, claro, brasileiras. Francisco Romão PereiraMexilhões com molho de manteiga O apreço pela sazonalidade é outro dos pilares da cozinha de Matheus Franklin e o ponto de partida para a nova carta do restaurante do Príncipe Real. “Foi um menu que demorou três meses para ser criado. Eu ainda estava a conhecer os produtos e qual a me